Conferência sobre informação e meio ambiente marca primeira noite do VI Seminário Nacional Filosofia e Natureza


O professor, da Université du Québec, falou sobre a crise ambiental e da informação


Professor Raymon Corriveau fala sobre Informação e Meio Ambiente. Fotografia Charlotte Borges


Com os olhos e ouvidos atentos, a plateia esperava ansiosa o momento de Raymon Corriveau, professor da Université du Québec, subir ao palco do auditório da reitoria para dar início a Conferência de Abertura do VI Seminário Nacional Filosofia e Natureza. Com o tema “Informação e meio ambiente”, a conferência, que foi proferida em francês com tradução simultânea, tratou de questões ligadas à crise da informação e ambiental, potencializadas pela revolução digital.

Corriveau, colaborador da exposição “Águas das Américas”, que também faz parte da programação do Seminário, falou sobre o campo midiático no cenário da crise informacional e da luta pelo direito à informação verdadeira, traçando cenários que se interligam diretamente à crise ambiental.

“Tratar da questão da informação é fundamental, é um bem capital para a sociedade, e tratar da questão da água é outra questão de fundamental importância”, afirma o professor. “É muito importante, ligar a questão da informação à questão do meio ambiente porque como mostrei na minha conferência, uma coisa está diretamente ligada a outra”.

O professou tratou também de soluções para melhor os cenários desastrosos, como a manutenção efetiva de um conselho de imprensa e um fortalecimento de leis que visem assegurar tanto a qualidade da informação, como a segurança de quem a produz.

Evaldo Becker, organizador do evento e professor do Departamento de Filosofia da UFS, foi o responsável pela tradução da Conferência e falou sobre o mérito de estar a frente do Seminário e de promover esse espaço de “compartilhamento de saberes”.

“Fico contente em poder contar com um grupo tão heterogêneo de pensadores/pesquisadores que, a partir de vários campos e olhares do saber, tem um foco comum de pensar a relação do homem com a natureza”, diz. “Acho que é fundamental, nesse momento, pensarmos uma nova ética na relação do homem com a natureza, no uso das águas e, para isso, é fundamental a participação desses vários profissionais”.

Mesa de abertura

A mesa de abertura do evento contou com a participação de Alaíde Hermínia, da Pró-Reitoria de Extensão da UFS (Proex), do professor Ronaldo Guimarães, Diretor técnico da Fapitec, Marcos Balieiro, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFS, Laura Jane Gomes, Vice-coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente da UFS (Prodema), Evaldo Becker, coordenador do Seminário e Saulo Henrique, do Departamento de Filosofia e representante da Adufs.

Em sua fala, Marcos Balieiro enfatizou a importância da realização do Seminário no atual cenário de pesquisas no Brasil.

“É uma satisfação enorme participar de um evento que traz um tema tão importante para o momento em que vivemos”, contou. “Não devemos desanimar na busca por soluções como essa, que efetivem nosso compromisso com a pesquisa e a Ciência”.

Sobre o evento

O VI Seminário Nacional Filosofia e Natureza acontece entre os dias 20 e 22 de março e tem como tema “Técnica, natureza e ética socioambiental no uso das águas” e conta com 30 mesas de comunicação, 22 palestrantes e 5 conferencistas.


Por Ronaldo Gomes