Sessões de comunicação são destaque na manhã do último dia do VI Seminário Nacional Filosofia e Natureza


Mesas aconteceram simultaneamente nos auditórios da Adufs e dos departamentos de Filosofia e Geografia

Sessão 4 aconteceu na Adufs. Fotografia: Ronaldo Gomes 

A manhã da sexta-feira, 22, foi marcada por sessões de comunicação no do VI Seminário de Nacional Filosofia. Pautando temas direcionados à relação do homem com a natureza e a água, através de discussões e apresentações de trabalho, os participantes tiveram a chance de refletir acerca de processos históricos e demarcações filosóficas por meio das mesas e dos debates promovidos.

As três sessões, que aconteceram simultaneamente nos auditórios da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe (Adufs), de Filosofia e de Geografia, trouxeram pesquisadores divididos em eixos, que apresentaram inquietações e resultados de pesquisas que já desenvolveram ou ainda desenvolvem que nutrem relação direta com o tema central do Seminário: Técnica, natura e ética socioambiental no uso das águas.

Na sessão 4, que aconteceu na Adufs, Antenor de Aguiar, Isadora Souza, Jonas Emanuel, Lorena Xavier e Marcela Prado se reuniram sob mediação de Iasmine Louise para discutir questões ligadas ao Rio São Francisco, à sustentabilidade econômica e ambiental, à hidrelétrica de Xingó, ao uso de organismos aquáticos na gestão de bacias hidrográficas e a participação social no plano territorial de Sergipe de 2006 a 2010.

Já na sessão 5, mediada por Daniel Vieira, Camila Moura, Daniel Soares, Douglas Campos, Mariana Dias e Alexandra Barbosa trouxeram referenciais filosóficos e teóricos para explicar a sociedade contemporânea, o Estado e de que maneira se pode colher no passado explicações para o atual processo de relação do homem com o meio ambiente e com a água.

Douglas Campos, estudante de Filosofia, trouxe como proposta pensar essa relação partindo da experimentação subjetiva do indivíduo no mundo através de dois filósofos: Rousseau e Thoreau.
“O que eu tento buscar através do Rousseau e do Thoreau, que são os dois autores que trago na minha pesquisa, é tirar essa ideia de que o homem é o centro do cosmos e o mundo e a natureza servem de instrumento para ele, pro progresso humano e tentar mostrar que o homem está embutido nesse cosmos, ele é parte, ele não está para além”, diz. “A natureza não é instrumento do homem, pelo contrário, a natureza é a causa suficiente para o homem existir. O que me dá o direito de mim, enquanto homem, matar outra espécie? Qual a necessidade que torna válida essa agressão? É essa a grande inquietação”, explicou o estudante.

Na sessão 6, mediada por Marilia Barbosa, Bianca dos Santos, Layla Danielle, Uilson de Meneses, Wylamys Lima e Daniele Freire, além de trazerem questões teóricas acerca dos temas apresentados, como a tragédia de Brumadinho e a educação de pescadores na Ilha de Itaparica, que fica na Bahia, apresentaram resultados práticos das pesquisas que desenvolvem.

Sobre o evento

O VI Seminário Nacional Filosofia e Natureza teve início na última quarta-feira, 20, e terminou na sexta, 22. Sob o tema “Técnica, natureza e ética socioambiental no uso das águas”, o evento contou com 30 mesas de comunicação, 22 palestrantes e 5 conferencistas.

Por Ronaldo Gomes